O ciclo menstrual de uma mulher dura aproximadamente um mês (28 dias). Durante esse tempo e sobre a influência das hormonas estrogénios e progesterona, um pequeno folículo, contendo um oócito I, cresce até ao tamanho de uma uva, que se transforma em oócito II. A meio do ciclo, o oócito II é libertado para as trompas de Falópio, ocorrendo, assim, a ovulação, também esta regulada por hormonas (FSH e LH). Caso haja encontro dos gâmetas feminino e masculino (fecundação) este dá-se no terço superior das trompas de Falópio. Após a formação do ovo este desce e implementa-se no endométrio, iniciando-se, assim, o desenvolvimento embrionário que acabará com o nascimento de um bebé.
No entanto este processo nem
sempre se concretiza, sendo as causas de infertilidade masculina e feminina inúmeras
assim como as formas de as tratar.
Todos os métodos de reprodução
assistida oferecem aos casais uma hipótese de terem um bebé saudável mas para
isso, é necessário uma consulta e a realização de exames pelo casal, para se encontrar
o tratamento mais adequado e eficaz.
Uma das técnicas mais utilizadas é a inseminação intrauterina ou inseminação artificial. A primeira gravidez por inseminação artificial foi realizada pelo médico John Hunter, em 1791, sendo que em Portugal só foi introduzida em 1985, no Porto.
Esta técnica é habitualmente usada quando existem problemas de fertilidade masculina, em que os espermatozoides não conseguem alcançar as trompas de Falópio. Este procedimento é indicado para casos em que ocorre:
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Presença de anticorpos anti esperma;
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Infertilidade sem causa aparente;
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O muco cervical não permite aos espermatozoides
alcançarem o útero;
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Ausência de espermatozoides no parceiro;
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Anomalias morfológicas nos espermatozoides
(baixa mobilidade, reduzido número);
¨
Endometriose.
A inseminação artificial
corresponde à introdução de gâmetas masculinos no sistema genital feminino.
Nesta técnica os espermatozoides
são fornecidos pelo próprio parceiro, quando possível, ou por um dador. Antes
da inseminação, a amostra de espermatozoides é recolhida,
preparada e tratada em laboratório e, depois, é avaliada em termos de
qualidade, segurança e quantidade. Após estes testes passa por um sistema de filtragem,
de classificação e limpeza e só depois a seringa é “carregada”.
Os espermatozoides preparados e
tratados são, em seguida, introduzidos diretamente na cavidade uterina, no
período ovulatório da mulher, que pode ou não ser estimulado, seguindo o seu caminho até às trompas de Falópio,
deixando-os o mais próximo do oócito II, no entanto só os mais rápidos o
alcançarão e apenas um conseguirá penetrar a camada mais exterior do oócito II (zona
pelúcida), ocorrendo assim a fertilização/fecundação.
A inseminação é realizada nas consultas pois não é preciso aplicar nenhum tipo de anestesia visto que não é causado nenhum incomodo, após a colocação do esperma na cavidade uterina a mulher deve permanecer alguns minutos em repouso. No entanto, assim como na vida
quotidiana muitas vezes o ciclo termina sem uma gravidez, o mesmo acontece
quando há inseminação, normalmente até se ter sucesso são realizadas, no mínimo, 3
inseminações.
Na inseminação artificial, quando é usado o esperma do casal, a taxa de sucesso da gestação por ciclo é de aproximadamente 20% e nos casais que completam 4 ciclos cerca de 60% conseguem gravidez. No entanto podem ocorrer complicações nesta técnica relacionadas com a inexperiência médica e, em casos de gravidezes múltiplas as complicações atingem os 15%.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMF3B48JW9zcXNPPd7CKs-FNMGINaYxGuyv_Z5J-UTd5y3_fa4u2L3kYWifCpazzVEVKNzbIS10QXtDNytwiEvwE5xR4iuEI6o9HD107BCG6SkAnIJ6-hzqWUJcYRfb5xQBBJmfxjbVwP5/s200/comp.jpg)
Na inseminação artificial, quando é usado o esperma do casal, a taxa de sucesso da gestação por ciclo é de aproximadamente 20% e nos casais que completam 4 ciclos cerca de 60% conseguem gravidez. No entanto podem ocorrer complicações nesta técnica relacionadas com a inexperiência médica e, em casos de gravidezes múltiplas as complicações atingem os 15%.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMF3B48JW9zcXNPPd7CKs-FNMGINaYxGuyv_Z5J-UTd5y3_fa4u2L3kYWifCpazzVEVKNzbIS10QXtDNytwiEvwE5xR4iuEI6o9HD107BCG6SkAnIJ6-hzqWUJcYRfb5xQBBJmfxjbVwP5/s200/comp.jpg)
Por vezes, os espermatozoides são
crio conservados, permitindo organizar bancos de esperma nos hospitais e
clinicas para posterior utilização. Esta técnica implica várias etapas em que
os espermatozoides são guardados em crio tubos a -196 °C, em azoto líquido. Cada tubo
contém a quantidade necessária para uma inseminação. A crio conservação pode,
também, ser efetuada caso ocorram problemas graves de saúde que interfiram com
a produção de espermatozoides.
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